O que fazer em Singapura?
Viajar pela Ásia é apaixonante e, dessa vez decidimos tirar umas férias prolongadas por esse continente. Escolhemos Singapura como base, por seu aeroporto ser um dos melhores do mundo e, encontrar voos pras Filipinas (que foi nosso próximo destino), com facilidade e preço bom. O Changi Airport é um hub na Ásia.
Foi uma escolha tão acertada, que morro de vontade de voltar a essa cidade. Na verdade, explicando um pouco melhor, é uma cidade-estado, também, país e chama-se República de Singapura. Fica no sudeste asiático.
É uma cidade altamente urbanizada, mas muito arborizada, moderna, segura, com regras rígidas e que tudo funciona. É bom ficar atento as regrinhas, viu turista? Atravessar a rua em local proibido, por exemplo, pode ocasionar uma multa.
É um dos lugares mais caros para se viver. Mas, pra fazer turismo, confesso que achei tudo bem razoável, tem muita coisa barata, inclusive, comer bem. Uma das coisas que torna o custo de vida alto, é a questão de ter carro. Para tirar uma licença pra dirigir, custa mais de 40.000 dólares de Singapura. Chocante, né? O porquê disso? A cidade é pequena e quanto mais carros, pior. Então, o governo “incentiva” as pessoas a não terem carros e outra, os transportes públicos funcionam muito bem. Isso, é um dos motivos que torna o custo de vida em Singapura alto (esse valor entra no “cálculo”) .
Escolher o que fazer em Singapura é muito fácil. Difícil, é se você não tiver muito tempo pra conhecer tudo. A cidade toda, já é deslumbrante. Andar pelas ruas e observar as estruturas dos prédios, das construções, já é uma atração a parte. Vou listar tudo o que fizemos e o que não conseguimos fazer, mas que sei que vale a pena.
Como chegar em Singapura:
Bom, no nosso caso, pegamos um voo Recife-Frankfurt (9h de voo, pela Condor e custou 2.372 reais, ida e volta) e depois, Frankfurt-Singapura (12h de voo, pela lufthansa e custou 3.000 reais ida e volta). Os duas cias áereas são ótimas, gostei bastante. Desse jeito ficou mais caro mas, dessa vez, optamos por um pouco mais de conforte e também pra poupar tempo.
Saindo do Brasil, há muitas opções. Pode fazer que nem a gente, pegando algum voo pra Europa e de lá seguir (pesquisei voos saindo de Recife e só encontrei com duas escalas, por isso, fizemos dessa maneira, pra tentar deixar a viagem menos cansativa). Saindo de São Paulo, encontrei vôos pela Ethiopian, Qtar, Emirates, Turkish, com uma escala, ou seja, tem mais opções e melhores preços também.
Algumas curiosidades sobre Singapura:
- Pode beber água da torneira? Sim! E é super seguro.
- Línguas oficiais: inglês, malaio, chinês e tâmil.
- A moeda local é o dólar Singapuriano e esta valendo hoje (março/2020), aproximadamente R$3,20.
- O aeroporto já foi eleito, por várias vezes, o melhor do mundo.
- Está entre os lugares mais seguros do mundo. De fato, achei tudo bem tranquilo. Andávamos tarde da noite, pelas ruas, e sem problemas.
- É uma cidade com uma mistura de cultura muito grande. Tanto que tem bairro indiano, chinês, árabe… tudo uma graça.
- É um dos países mais ricos e com maior concentração de milionários, do mundo.
- Também é um dos melhores lugares pra comer, com gastronomia do mundo inteiro e vários chefes renomados.
- O homossexualismo masculino é proibido em Singapura. Tipo, não pode alugar apartamento pra dois homens, não pode andar de mãos dadas nem demonstrar carinho em público, podendo até ser preso.
- Algumas outras leis: não dar descarga em banheiro público, cuspir no chão, alimentar pombos, comer e beber no metrô, atravessar em local proibido, fumar em locais não especificados, jogar lixo na rua…tudo isso pode geral multa.
Qual o clima e a melhor época para visitar Singapura:
Não há estações bem definidas, mas uma coisa é certa: faz calor o ano todo e pode chover com frequência (o clima é bem úmido). Geralmente as chuvas não atrapalham, pois não costumam durar o dia inteiro.
Dizem, que entre maio e setembro, é o período menos chuvoso, sendo a melhor época pra visitar o país. Entre novembro e janeiro, já não é tão aconselhável, pois são os meses que mais chovem. A época que visitamos foi no final de fevereiro.
As principais atrações turísticas:
- Visitar os principais bairros e regiões – Vários lugares pelas ruas, já são atrações imperdíveis por serem lindos. Mais abaixo falo o que visitar especificamente em alguns bairros
- Marina Bay Sands: hotel mais famoso do país. Na verdade, é um complexo que tem shopping, cassino, museu, teatro. Tem a piscina de borda infinita, no ultimo andar, e da pra reservar um tempinho por lá.
- Merlion: é o símbolo de Singapura, onde a estátua tem corpo de peixe e a cabeça de leão. Vive lotado de turistas, mas é interessante conhecer, até porque, o lugar tem uma vista bem bonita.
- Singapore Flyer: uma das rodas gigantes mais altas do mundo. Não fomos nela, mas imagina a vista que podemos ter?
- Ilha de Sentosa: não fomos, mas pra quem interessar, é um local com resorts, parques, inclusive tem um parque da Universal (recebe muitos turistas).
- Gardens by the Bay: sem dúvida, uma das maiores atrações de Singapura. E tem uma estrutura bem linda e futurística. Há várias atrações pelo parque. A entrada é gratuita, mas paga para visitar determinados setores. Conhecemos rapidamente e quero tanto voltar pra explorar esse lugar tão grande e diferente.
- Helix Bridge: ponte que foi inspirada nas hélices DNA. A noite fica toda iluminada e dentro dela, há obras de artistas locais. Ela fica bem pertinho do Marina Bay.
- Jardim botânico: Não conseguimos visitar, mas foi bem indicado por quem mora por lá. Tem vários jardins belíssimos. Foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 2015.
Melhores bairros/regiões e para visitar:
Regiões que envolvem comunidades de outros países:
- Little Índia – local onde reúne o povo e a cultura indiana em Singapura. Há comércio, templos hindus, casas bem coloridas, tudo com características bem indianas. O que conhecer:
Templo Sri Veeramakaliammaan: templo hindu, fica na principal avenida, a Serangoon Road e tem uma decoração bem bonita e colorida. Tem vários templos budistas e hindus pela região.
Mustafa Centre: centro comercial que funciona 24h e vende uma variedade e tanto de coisas.
- China Town – foi umas das regiões que mais gostei de ir. Tem de tudo: muitas lojas, muita muamba (por todo canto. Adoooro!), restaurantes, cafés, templos, centros comerciais e por aí vai. O que conhecemos:
Buddha Tooth Relic Temple (templo chinês) – bem interessante. Tem vários andares e a entrada é gratuita, só precisa se cobrir com alguma coisa, se tiver com os ombros de fora (na entrada eles oferecem gratuitamente e você devolve na saída).
Andamos bastante, entrando nas lojas, nos centros comerciais… Faça isso e se divirta. Depois vá na parte de restaurantes, aqui no post, e veja uma dica mara pra comer em China Town.
- Arab Quarter: Amei esse lugar. Com poucas ruas, também é conhecido como Kampong Glam e eu achei tudo muito lindo, organizado e a cultura árabem bem presente.
Bussorah Street é uma rua só para pedestres e tem muita lojinha, restaurantes e cafés legais
Sultan Mosque: muito linda. Rende altas fotos legais pela rua, principalmente se você estiver na Bussorah Street. A entrada é apenas para os mulçumanos.
Lugares que valem a pena conhecer:
- Orchard Road: basicamente um lugar repleto de shoppings, com várias lojas caras e famosas. Ótimo pra quem quer compras. Procure os centros de informações, de cada shopping, e pergunte se tem desconto para turistas (pode rolar uns cupons).
- Tiong Bahru – é um bairro mais hipster com lojinhas legais, cafeterias, bares, restaurantes. Ótimo pra bater perna. Dá pra chegar de metrô, pela linha verde, descendo na estação Tiong Bahru. Vai aí uns locais, nesse bairro, que talvez você se interesse em conhecer:
Books actually – é uma livraria bem fofa, que até tem uns souvenirs diferentes. Na frente dela, há uma vending machine e você pode comprar um livro, de um autor local, sem saber qual é, tipo surpresa mesmo.
Qi Tian Gong Tample – é um templo bem pequeno que fica numa esquina.
Curated Records – loja pra quem curte vinil.
Grey Projects: galeria de arte moderna.
- Katong – Bairro com uma forte cultura Peranakan (miscigenação dos malaios com os chineses). Dessa mistura, surgiu uma culinária bem famosa por Singapura. Alguns lugares interessantes:
Koon Seng Road: rua com casinhas antigas e coloridas, bem no estilo Peranakan.
Rumah Bebe: loja de souvenirs bem famosa e que também é restaurante (caso queiram comer nele, o ideal é reservar dias antes).
The Intan: museu da cultura Peranakan. Tem que marcar um horarário pra visitação.
Cat Socrates: é uma lojinha e papelaria, num estilo mais hipster.
- Clarke Quay – é uma região, as margens do rio Singapura, que tem vários bares, restaurantes e lojas. Melhor horário é a noite, fica tudo bem iluminado. Fiquei impressionada com o tamanho dos frutos do mar, na frente dos restaurantes, principalmente os caranguejos.
Onde se hospedar:
Nos hospedamos em dois hotéis diferentes e gostamos muito dos dois.
O primeiro é o Days Hotel by Wyndham Singapore, fica no bairro Novena e tem shopping por perto, lugares pra comer. Pagamos 264 dólares singapuriano (aproximadamente 748 reais)
O segundo tem um café da manha surreal de bom. Nunca vi tantas opções de comida e tudo muito gostoso. Chama-se Holiday Inn Express, no bairro Katong. Esse pagamos com milhas do cartão, mas a diária sai em torno de 460 reais.
Culinária – dicas de restaurantes, bares e comidas:
zhongshan mall: esse shopping ficava perto do nosso primeiro hotel, então comemos nele algumas vezes:
- Hot and cold beverages – tem sucos, feitos na hora, deliciosos. Tomamos vários.
- Hotplate chicken ans soup – nossa primeira refeição em Singarupa, um jantar. Pedimos o mesmo prato, frango com um molho e arroz (fomos pela foto e tinha pessoas comendo), eu gostei do sabor e custou 13,60 dolares singapuriano, cada prato.
espalhados pela cidade:
- Positano: restaurante italiano que almoçamos. Fica na Bussorah Street, na arab quarter. Uma delícia. Cada prato custa em média 20 dolares singapuriano.
- Fotia: restaurante grego que almoçamos. Comida boa e tem pratos grandes que da pra dividir com mais de duas pessoas. Os preços variam, com opções individuais a partir de uns 15 dólares. O lugar é bem bonito e agradável e nessa mesma rua (Club Street), tem vários tipos de restaurantes com culinária diversificada
- Hattendo café: Paramos pra provar uns doces que nos indicaram. É culinária japonesa e realmente é bem gostoso. É tipo um pão com um recheio doce e provamos o sabor chamado custard. Vem embrulhado e é geladinho. Endereço: 7 Wallich Street Tanjong Pagar Centre.
- D.O.P Mozzarella Bar – Perto do Rio Singapura, paramos nesse restaurante que nos indicaram. Comida italiana e realmente, é gostoso. Não é caro, sai na faixa dos outros lugares que fomos antes. Endereço: 60 Robertson Quay The Quayside
- Hawker Chan – pega essa dica boa e barata. Essa linha de restaurante, que antes era só uma barraca de rua, é de um chef que ficou famoso por ser o primeiro e único a ganhar uma estrela Michelin, com comida de rua. Ele ainda tem o lugar original, mas fomos nesse restaurante e vive lotado. A comida é boa, viu? E num preço melhor ainda. Pedimos dois pratos de frango, um custou 5 e o outro 6 dólares. Endereço: 107 North Bridge Road, esse foi o que fomos, mas tem outros endereços. O que ganhou o prêmio fica na 335 Smith Street em China Town
- Chateraise Singapore: Doce japonês bonitinho e gostoso. O preço de cada doce, sai aproximadamente 5 dólares. Endereço: 133 New Bridge Cio Chinatown Point. São muitas espalhadas por Singapura.
A partir daqui, vou dar dicas de lugares que não conseguimos ir, mas que foram indicações de brasileiros que moram lá e que aprovam a comida:
- Por Kee: lugar simples, com comida gostosa e preço bom. Camarão sem casca no cereal é um prato famoso e o dono também sugere outros pratos na hora. Endereço: 69 Seng Poh Ln, fica em Tiong Bahru.
- PS Café Petit e o Merci Marcel, também ficam em Tiong Bahru. No PS Café, tem um bolo chamado Blackout que foi super indicado.
- Din Tai Fung: o restaurante original dessa linha, ganhou uma estrela Michelin. É cozinha taiwanesa e falam que é o melhor lugar pra comer dumplings (procurem foto no google, vale a pena) em Singapura. São vários espalhados por onde você anda, fica fácil achar algum.
- Tian Tian: é um box que fica no Maxwell Hawker Centre (lugar cheio de boxes que vendem comidas mais locais e preço baixo). O prato mais famoso e que foi indicado por Anthony Bourdain e Gordon Ramsay é o Chicken Rice (só arroz e peito de frango, coisa simples). Os pratos variam de 2 a 8 dolares, dependendo do tamanho das porções. Endereço: 1 Kadayanallur St, box #01-10/11. Maxwell Food Centre.
- Gyoza Bar: boa pedia pra quem curte essa delícia da culinária japonesa. Endereço: 7A North Canal Road 2 Floor.
Dicas gerais:
- Usar roupas leves e sapato confortável.
- Respeitar as leis.
- Haji lane é uma rua bem descolada, colorida com vários bares legais. Passamos nela a tarde e já estava bem movimentada. A noite deve ser melhor inda.
- Tomar suco de laranjas nas maquinas espalhadas pelas ruas. Apenas 2 dólares e é feito na hora.
- Lantern é um rooftop bar bem agradável, em um hotel chamado Fullerton Bay. Tem uma vista linda, fica quase que de frente para o Marina Bay. As coisas não são baratas, valeu mais pela vista e dá pra beber alguma coisinha.
- Ande bastante que todo canto de Singapura é realmente lindo. Você acha cada coisa incrível pelo caminho, cada arquitetura!
- Compramos chip de celular no aeroporto, numa casa de câmbio e custou 15 dólares por 7 dias (vale muito a pena)
- Baixe o aplicativo do Grab, caso não tenha. É o serviço semelhante ao Uber e funciona muito bem.
Impressões gerais sobre Singapura:
Será que preciso realmente dizer que voltaria facilmente a esse lugar? Sério! Superou totalmente minhas expectativas. Tudo funciona, é tudo tranquilo, limpo, lindo…
Fica a dica pra você que pretende viajar pela Ásia. Se ainda não conhece Singapura, vale muito a pena colocar no seu roteiro. Sem falar que o aeroporto oferece voos para qualquer lugar da Ásia e com preços bons. Já imagino minha próxima viagem, pelo continente asiático, parando, mais uma vez em Singapura!